No dia Internacional da Síndrome de Down (21 de março), o Núcleo de Apoio a Inclusão e Diversidade (NAID) promoveu a “I Parada para conscientização da Síndrome de Down – É preciso ver com novos olhos”.
O evento realizado no Centro de Eventos Yara Lins contou com a apresentação de dança e ainda o depoimento de uma família que vive na pele a experiência de conviver com a síndrome de down. A palestrante da noite, a professora Cristina Veloso tem pesquisa na área e é mãe de um garotinho de sete anos com a síndrome.
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Cristina falou sobre a rotina de quem convive com a síndrome de down, sobre os direitos e sobre a sua militância contra o preconceito social. “As crianças precisam freqüentar as escolas regulares, independente de suas limitações. A única diferença que a criança com síndrome de down tem das demais é o excesso de amor, mais capacidade de perdoar” destacou a palestrante.
Para Cristina, é preciso estar atento para que os direitos das pessoas com a síndrome sejam devidamente respeitados. “A diferença não pode prevalecer, e sim o amor, a inclusão”. Ainda de acordo com a professora, o preconceito ainda existe, ainda que de forma velada. “Hoje meu filho frequenta uma escola que gosta, que tem todo o apoio, e a cidade, apesar do preconceito de algumas pessoas, Frutal tem caminhado muito bem no campo da inclusão, é um trabalho do dia-a-dia” expôs a pesquisadora que destacou o fato de o Estatuto da Pessoa com Deficiência ter entrado em vigor em 2016. “Cada dia estamos vencendo um pouquinho,” finalizou.
A prefeita de Frutal, Maria Cecília Marchi Borges (Ciça), ressaltou durante seu discurso que o município trabalha de forma contínua para manter os serviços de atendimento especial aos que necessitam do serviço. “Tínhamos o departamento de inclusão que funcionava dentro da secretaria de Educação, e este ano criamos o Núcleo para auxiliar na aplicação da política de inclusão” destacou a chefe do executivo. A prefeita destacou que o município mantém uma parceria sólida com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), e além de auxiliar com a subvenção, também custeia o programa de profissionalização e encaminhamento ao mercado de trabalho dos jovens com necessidades especiais.
O Núcleo de Apoio a Inclusão e Diversidade (NAID) está instalado na Escola Municipal Necime Lopes. A coordenadora Patrícia Mara Almeida Garcia ressaltou que atualmente há um corpo de profissionais como psicopedagogos, assistente social e psicólogos para atender cerca de 200 pessoas que apresentam algum tipo de necessidade especial. “Estamos muito felizes com a resposta que o público deu à nossa convocação para discutir a inclusão. Este foi o primeiro encontro de vários outros que pretendemos promover porque superou muito as nossas expectativas” finalizou.